sábado, 19 de janeiro de 2008

Cocktail deprimente: Localia Ferrol e os membros do PSOE no governo municipal


Chama a atençom a praticamente absoluta exclusom do galego no canal televisivo de Locália em Ferrol. E chama mais a atençom quando a comparamos com os canais dessa mesma emissora do Grupo Prisa na Catalunha, onde o catalám tem umha presença significativa.

Vamos dar só dous exemplos para esse cocktail deprimente, porque tampouco queremos cair na depressom crónica:

O primeiro, o programa desportivo de anteontem, quinta-feira, em que o apresentador se empenhou em falar espanhol de maneira imperturvável, inclusive com os dous treinadores de categorias inferiores do Racing de Ferrol que entrevistou, sendo ambos galegofalantes.

E o segundo, ontem mesmo, o telejornal, cuja apresentadora e restantes colaboradores mantenhem também o espanhol como único idioma de emissom. Neste caso, a situaçom ficou ainda mais triste quando vimos desfilar diferentes políticos e políticas municipais e autonómicos, e todos eles e elas esquecêrom os acordos de governo assinados e o papel reservado ao galego nos mesmos.


Foi o caso, como já vem sendo habitual, de Vicente Irisarri, máxima autoridade municipal de Ferrol, do PSOE, que só durante a campanha eleitoral fijo alguns esforços para falar em público na língua de um sector ainda importante do povo de Ferrol. Junto a ele, o conselheiro da Presidência da Junta da Galiza, José Luís Mendes Romeu, também do PSOE, que, como Irisarri, esqueceu que o acordo assinado polo seu partido em 2005 para co-governar com o BNG na Junta incluía o compromisso de que todos os membros do governo utilizassem o galego nos actos públicos.

Outra com pouca memória é Beatriz Sestayo, deputada autonómica e vereadora em Ferrol, também do PSOE, que também falou para a cámara de Localia em representaçom do governo local no programa informativo de ontem à noite, e como Irisarri e Mendes Romeu falou em exclusivo espanhol.

Parece claro que, para a maioria do pessoal que nos governa, a populaçom galegofalante nom existe, nom vota ou, simplesmente, nom conta. Mas, como nom todos os ferrolanos e ferrolanas concordamos com essa atitude da maioria dos políticos e dos meios de comunicaçom em Ferrol, queremos deixar aqui constáncia de que, além de existirmos, temos direitos lingüísticos e queremos exercê-los.

Sem comentários: