terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Uxío Fernández (director de Ferrolhoy), outro cruzado contra o galego

A revista comarcal Ferrolhoy constitui um bom exemplo desse sector empresarial e sociopolítico lançado a favorecer umha rápida "soluçom final" para a incómoda presença do galego no nosso país. Que nom conhecedes a revistinha? pois pouco perdedes...

A revista, exclusivamente escrita em espanhol, tem periodicidade mensal e financiamento de empresas imobiáliárias, comércios como 'Acevedo' e outras empresas comarcais como o 'Diario de Ferrol', 'Gimnasio Bitácora', 'mi casa' , o 'Hotel Husa Odeon' e outras que incluso se publicitam em galego (surrealista), e que nom sabemos se sabem em que investem o seu dinheiro.

Em todo o caso, se ao longo do primeiro ano desde que foi publicada pola primeira vez podíamos adivinhar as ideias destiladas polo seu director, Uxío Fernández, totalmente refractário a qualquer cessom de espaço ao nosso idioma -excepto o espaço publicitário, claro-, no últio número, o 13, o egrégio socio da Sociedad Artística Ferrolana abre o seu coraçom e a sua cabeça aos leitores e leitoras com um discurso tam claro como letal.

Diante das queixas de um leitor que se identifica como representante da Mesa pola Normalización Lingüística em Ferrol, Uxío Fernández recorre ao novo 'argumentário' ultra como justificaçom para laminar de vez a presença mediática -e social- do nosso idioma.

Como álibi para a política lingüística da sua subsidiada revista, Uxío Fernández sublinha que o galego é hoje já idioma minoritário na Galiza ("más de la mitad de los nacidos en Galicia han tenido su lengua materna en el castellano, o emplean este como su primer idioma").

A partir daí, mostra-se crítico com o modelo 'normalizador' aplicado até hoje, pois segundo ele estamos a viver "el rechazo a una manera de pretender normalizarlo". Mas, entom, será que ele tem umha proposta melhor?

Tem, tem. É a que aplica na sua revista: "¿y por qué no hacemos la revista bilingüe?, pues porque en castellano la pueden leer todos, y en gallego lo harían muchos menos. No queremos tener que decidir a que informaciones les restamos la mitad de los lectores".

Nom vale a pena continuar a reproduzir as ideias lingüicidas que Uxío Fernández defende e pratica. Basta comentar que, ao lado dele e da sua revistinha, La Voz de Galicia e El Correo Gallego aparentam grande compromisso com o idioma histórico da Galiza.

Mas sim achamos interessante lembrar quem financia com a maior publicidade o número 13 da revista Ferrolhoy: a Conselharia do Trabalho da Junta da Galiza. Será que, no fundo, também a Junta da Galiza apoia os fins de Uxío Fernández? Como se explica entom que destine dinheiro público a financiar umha empresa de comunicaçom abertamente contrária à inclusom de umha só linha no idioma falado -ainda hoje- pola maioria da populaçom galega?

Para concluir, oferecemos-vos o correio electrónico de Uxío Fernández, convidando-vos a escrever-lhe com as vossas opinions sobre a política lingüística da publicaçom que edita, com sede em Pontedeume.

redaccion@imagenycomunicacion.com

E, naturalmente, as pessoas que ainda mantemos algumha dignidade e auto-estima como galegos e galegas, evitaremos financiar semelhante publicaçom e espalharemos a necessidade de que projectos como Ferrolhoy fracassem mais cedo que tarde, o que sem dúvida já teria acontecido se nom contasse com importantes ajudas financeiras da Junta da Galiza.

P.S. Se ficaste com curiosidade sobre o conteúdo integral do editorial assinado por Uxío Fernández, nom é preciso comprares a revista. É só clicares na imagem para a veres a tamanho real e poderes ler o texto completo:



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