sábado, 9 de fevereiro de 2008

Carga policial contra 150 corunheses e corunhesas que contestárom concentraçom de 50 ultras pró-espanhol

Para as 20 horas de hoje estava convocada umha concentraçom da autodenominada "Mesa por la libertad lingüística", organizaçom da extrema-direita ligada ao PP que pretende evitar qualquer avanço do galego no ensino oficial.

Para as 20 horas de hoje estava convocada umha concentraçom da autodenominada "Mesa por la libertad lingüística", organizaçom da extrema-direita ligada ao PP que pretende evitar qualquer avanço do galego no ensino oficial. A resposta espontánea do povo corunhês foi clara: os 50 ultras pró-espanhol tivérom em frente o triplo de manifestantes em defesa do nosso idioma, que fôrom, como é costumeiro, violentamente espancados pola polícia espanhola.

A concentraçom facha estava convocada no Obelisco da Corunha, e a ela assistírom conhecidos membros de Nuevas Generaciones, elementos da burguesia corunhesa e alguns militantes conhecidos de grupos fascistas da cidade. A média de idade era bastante elevada. Os inimigos do galego seguravam umha faixa com a legenda "contra la imposición lingüística", junto a um grande laço com as cores da bandeira monárquica espanhola.

Desde o primeiro momento, em frente da concentraçom antigalega fôrom-se juntando pessoas de sectores populares diversos, autoconvocadas por telemóvel e em foros da Internet de maneira espontánea, incluindo a esquerda independentista, sindicalistas, estudantes, membros dos centros sociais corunheses, etc. Foi despregada umha faixa com umha legenda simples e eloqüente: 'Na Galiza em Galego'.

Mais umha vez, violência policial

As corunhesas e corunheses defensoras do nosso idioma coreárom cánticos como "A imposiçom é do espanhol" e "Espanhol quem nom pular". Aos 10 minutos, e sem mediar qualquer incidente, o cordom policial interposto iniciou umha violenta carga com cacetes contra a concentraçom pró-galego, enquanto a "gente guapa" concentrada em frente aplaudia, ria e berrava "libertad!"

No mínimo, meia dúzia de pessoas ficárom com fortes contussons resultado da contundência da actuaçom policial, que mais umha vez esclareceu de que lado é que está a suja legalidade espanhola que a Galiza padece.

Se o objectivo era dispersar as pessoas que 'estragavam a foto' dos renegados, nom foi conseguido. As pessoas atacadas agüentárom a posiçom, reagrupárom-se, desfraldárom novamente a faixa e continuárom a cantar, acompanhadas por música de gaitas e percussom tradicional, e com pessoas a dançar perante a polícia espanhola.

Algumhas pessoas que passeavam polo lugar aderírom à concentraçom galega, que só concluiu umha hora depois, quando os pró-espanhol decidírom ir embora.

Os meios do sistema, no seu papel: mentiras a dar c'um pau

Quem esperar imparcialidade dos media do sistema, é ingénuo ou ingénua de mais. As primeiras informaçons publicadas polo El Correo Gallego dá umha versom inventada que fala de 200 manifestantes "por la libertad lingüística" e de "otro centenar" em defesa do galego.

O jornal reaccionário justifica a violência policial "que mantuviese separados a los manifestantes de una y otra tendencia" (sic), falsidade mais do que evidente.

Em definitivo, a jornada de hoje serviu para devolver à rua algumha tensom normalizadora real, fazendo frente aos que querem liquidar de vez a nossa comunidade lingüística. Até quando teremos que aturar que a extrema-direita espanhola se manifeste nas nossas ruas reclamando que o nosso idioma continue caladinho, condenado à morte doce em braços do espanhol?

Os corunheses e corunhesas que se concentrárom em defesa da língua e resistírom à violência policial merecem hoje os nossos mais entusiastas parabéns.

Fonte: Primeira Linha.

Sem comentários: